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Para se chegar ao “pouso dos anjos”

Histórias e momentos

O Zion National Park é uma junção em “T” de dois cânions profundos.  Logo na entrada topamos com um bando de cabras selvagens que possuem chifres em formato espiral. São lindas, grandes e fortes. No primeiro dia, por estarmos bastante cansados, não planejávamos ir longe, até porque estava fazendo um calor de 34ºC. Queríamos apenas desfrutar das belezas da parte baixa do cânion e por isso nos preparamos com água e comida somente para uma caminhada curta. Mas ao avistar de longe uma trilha em zig-zag que já havíamos visto em fotos, ouço a Michelle falar: “Ah, vamos só até aquele zig-zag dar uma olhada e tirar uma foto, não precisamos subir além”. Assim iniciamos a caminhada naquela direção. Chegando lá, ouço: “Vamos só mais um pouquinho”; depois: “a gente raciona a água”; “falta só mais um pouquinho”… E foi assim até chegarmos ao Angels Landing Point (Local de Pouso dos Anjos), uma das caminhadas mais famosas do Zion e talvez até do mundo. Pela beleza e dificuldade, dá para entender a fama do local e a origem do nome. Foi uma das caminhadas mais alucinantes que fizemos na vida. Primeiro passamos por aquele zig-zag escavado no paredão, depois entramos por uns bons quilômetros numa fenda sinistra entre duas montanhas. O que não contávamos era que do fundo da fenda iniciaria a real subida em zig-zag. Subimos, dando irrisórias bicadas em nosso cantil de água e chegamos na parte alta e aberta, que nos mostrou que ainda tínhamos muita subida pela frente. O trajeto, técnico e perigoso, não é nada aconselhado a quem sofre de vertigem.

Chegamos a um ponto em que a trilha tem menos de um metro de largura e abismos dos dois lados, onde pedras soltas despencam 400 metros precipício abaixo: uma loucura. Chegar ao ponto final da caminhada foi uma vitória e ali deu para entender por que um americano que encontramos no caminho nos disse que quem chega lá em cima vira anjo. O vale a 500 metros abaixo de nossos pés deu asas à imaginação, que não parava de sonhar: “água, água, água”.

(Trecho extraído do livro Mundo por Terra 2)

Retornamos dessa caminhada sonhando com um simples gole de água…

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