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Terceira Latitude 70

Histórias e momentos

Missão dada é missão cumprida.

Fomos nós mesmos que definimos nossa missão, de atingirmos três pontos do globo (um em cada continente) acima da Latitude 70° N de carro. Fizemos isso, pois temos a convicção de que quando se tem metas definidas, tem-se algo para correr atrás, algo para te ajudar a manter-se motivado. E o melhor de tudo, algo para comemorar quando se cumpre a missão. No dia 08/08/17 comemoramos não só por termos chegado na terceira Latitude 70° N, mas por termos completado nossa missão nesta viagem.

Para relembrar… Atingimos a primeira Latitude 70° N em Deadhorse, Alasca, EUA em 14/09/15. A segunda foi no extremo Leste Russo, em Ust-Kuyga, no inverno em 07/03/16. E agora conquistamos a terceira e última Latitude 70° N no Nordkapp, Noruega – 70°10’20”N. Mas o ponto mais ao norte que chegamos não ocorreu exatamente no Nordkapp e sim em Knivskjelodden – 71°11’08”N, uma península vizinha a ele que para acessa-la é preciso caminhar 18km (ida e volta), pois não existem estradas até lá. Knivskjelodden situa-se a quase um minuto em latitude, que corresponde a 1457m mais ao norte que o Nordkapp. Esse foi, alias, o lugar mais ao norte que já estivemos.

A caminhada a Knivskjelodden foi legal por dois motivos: primeiro por termos desfrutado de uma belíssima paisagem; segundo que por poucos minutos fomos nós as pessoas que estavam mais ao norte da parte continental européia. Quantas, das quase sete bilhões de pessoas que vivem no mundo, estariam mais ao norte que nós naquele momento?

Já o Nordkapp é um complexo muito turístico. Havia gente de todas as partes do mundo por lá. Para se ter uma ideia, ao nosso lado devem ter pernoitado mais de 100 motorhomes. Isso sem contar os carros, bicicletas, motos e ônibus que traziam os turistas dos navios de cruzeiro que aportam numa cidade mais ao sul. No monumento do globo, que caracteriza o extremo norte europeu (que nem é ali, e sim em Knivskjelodden), para tirarmos uma foto só de nós dois, tivemos que ir tarde da noite.

Mas o Nordkapp é muito lindo. Deve ter sido escolhido como o ponto mais importante por se situar num penhasco de 307m de altitude, de onde se avista amplamente o Mar de Barents. O local oferece infraestrutura de restaurantes, cafés, lojas, sala de cinema e museu que nos interessou bastante. Ele mostra um pouco a história de quando o explorador inglês Richard Chancellor o contornou pela primeira vez o Nordkapp em 1553, em busca de uma rota para a China. O museu também relata passagens da segunda guerra mundial, quando os aliados afundaram não muito longe dali um importante navio alemão chamado Scharnhorst, que controlava o Mar de Barents, afim de que os russos não tivessem acesso a suprimentos de guerra via o porto de Murmansk. Esse navio alemão afundou com 1900 marinheiros e apenas 38 foram resgatados com vida.

Bom, dali para frente nosso caminho passou a ser de volta para casa. Devagarzinho já nos dirigimos ao sul para que no começo de outubro possamos embarcar nosso carro num navio dos Países Baixos para a América do Sul. A previsão de nossa chegada em casa é final de novembro.

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