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A área costeira de Belize é um dos sistemas naturais mais diversos do planeta que contém a segunda maior barreira de corais do mundo, além de atóis, mangues, lagoas costeiras e estuários. 70 espécies de corais duros, 36 espécies de corais moles, 500 espécies de peixes, centenas de invertebrados e diversas outras espécies ameaçadas (tartarugas marinhas, peixes-boi e o crocodilo americano) fazem desta barreira o seu habitat. Não é para menos que, em 1996, a Barreira de Corais de Belize foi declarada Patrimônio Mundial pela UNESCO.
Mundialmente falando, os recifes são habitat para um quarto das plantas e dos animais marinhos da Terra. Levando a biodiversidade em consideração, esse ecossistema perde somente para as florestas tropicais. Apesar de muitas medidas para a sua proteção, os corais estão sendo ameaçados pela poluição dos oceanos, turismo descontrolado, alto tráfego de navios, pesca excessiva, assim como por furacões (no caso de Belize) e pelo aquecimento global. Os cientistas alertam que 70% de todos os corais do planeta serão destruídos nos próximos 40 anos e que mais de 40% dos corais de Belize já foram danificados desde 1998.
Um dos grandes problemas é o branqueamento dos corais causado principalmente pelo aumento da temperatura das águas oceânicas. Quando os corais ficam brancos, uma grande parte deles morre e os que sobrevivem, começam um processo de reparação. Mas essa recuperação é lenta, já que corais esbranquiçados ficam muito vulneráveis a doenças. Doentes, as chances de sobreviver são menores ainda.
Escrevemos em nosso diário de bordo sobre Belize: “Conhecer a Barreira de Corais de Belize foi algo que realmente valeu a pena. Terminamos esse dia realizados e encantados com a beleza daquele lugar.” Esse encantamento não foi por menos, o lugar realmente possui uma beleza inigualável em nosso planeta e merece ser preservado. Cabe a nós fazer a nossa parte para que esses milhares de seres possam existir por muitos e muitos anos e que possamos desfrutar de sua beleza, sem trazer nenhuma ameaça a eles.
“A degradação ou o desaparecimento de um bem cultural e natural acarreta um empobrecimento irreversível do patrimônio de todos os povos do mundo. . . . Cabe à coletividade internacional participar da proteção do patrimônio cultural e natural de valor universal excepcional.” — Convenção da Unesco para a Proteção do Patrimônio Mundial.
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