Dia 24 de dezembro de 2007, nosso primeiro natal na estrada, estávamos no Laos. Devido a algumas mudanças de planos, decidimos antecipar em um dia nossa entrada no Camboja. Assim como na fronteira do Laos com o Vietnã, também não conseguimos cruzar com o nosso carro. Pelo pouco que entendemos da conversa com o oficial, deveríamos ter uma autorização da capital Phnom Penh para aí sim, cruzarmos aquela borda.
Retornamos cerca de 150km até uma cidade chamada Pakse. Achamos um lugar a beira do Rio Mekong que parecia ser seguro para passarmos a noite. O calor estava insuportável e diversos jovens se aglomeravam naquele local para se divertir e jogar conversa fora. Fomos notados, mas não incomodados. E também éramos os únicos celebrando o natal, pois a religião oficial do país é o budismo.
Durante a tarde já havíamos providenciado os ingredientes para preparar a nossa ceia: galinha recheada com maionese de batata. Foi uma confusão enorme para comprarmos um franguinho de nada. Como diz o Roy de tão pequeno e magro, mais parecia um sabiá. E, o estranho, foi na compra dos ovos para a maionese. Quando a Michelle pediu na vendinha dois ovos, os locais, que não falavam inglês, não paravam de rir dela. Ela voltou para o carro furiosa e questionando: – será que tem alguma coisa diferente com esses ovos?
A resposta nos foi dada quando preparamos a maionese. Abrimos os ovos já cozidos e percebemos que dois deles possuíam uma coloração estranha. Surpresa!! Era um embrião. Os embriões de frango e pato são alimento comum para os asiáticos. O ovo já está em um processo bem avançado chegando a ter dentro da casca um pintinho quase totalmente formado. Sorte que tínhamos outros dois ovos “normais”. Compramos stiky rice (arroz típico do Laos), uma cerveja local e a ceia estava pronta.
Terminamos nossa noite abrindo os presentes que foram deixados pelo Papai Noel em nosso pinheirinho de Natal – um galho seco com enfeites feitos de recortes de revista. Os presentes … algumas lembranças que havíamos comprado ao longo da viagem.
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Eram nesses momentos que mais lembrávamos de casa e sentíamos falta da família e amigos, pois:
Natal é época de encontrar antigas amizades
Rever familiares que durante o ano todo não deram um telefonema
Natal é época de amor, época de encontros
O ano passa na correria, e natal é época de parar e restaurar as forças para mais um ano
Momento de rever tudo o que durante o ano passou-se despercebido
Natal é planejar uma noite diferente, um instante iluminado
Natal… é ansiar por instantes de alegria e de conforto, na presença escolhida a dedo de pessoas que fazem parte de sua vida. (Autor desconhecido)
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Amigos Mundo por Terra.
Obrigado pela companhia nesse ano que passou.
Nos vemos em 2013. Até as próximas aventuras!!!
Um forte abraço,
Michelle e Roy – Mundo por Terra
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