Sol da Meia Noite e Noite Absoluta!
Você já parou para pensar o que é ou como acontece o Sol da Meia Noite ou a Noite Absoluta? A resposta é simples, aprendizado de escola, mas fascina quando realmente se para para analisar a magnitude desse fenômeno.
Veja abaixo:
- A terra orbita ao redor do sol num período de 365 dias.
- Enquanto faz lentamente este percurso, ela gira em torno de si mesma em 24 horas, tendo seu eixo de rotação com 23° de inclinação em referencia a sua orbita (a terra rotaciona inclinada a sua orbita).
- Sendo assim, quando a terra orbitar no determinado local ao redor do sol que se refere ao solstício de verão do Hemisfério Norte, que acontece por volta de 21 de junho, tudo que estiver acima das latitudes 66°33”N até o Polo Norte terão incidência de sol por pelo menos um dia completo. Por esta calota da terra estar mais inclinada para o sol, toda ela ficará exposta simultaneamente a luz e esta ocorrência se chama Sol da Meia Noite. Nesses lugares o sol fica 24 horas acima da linha do horizonte.
- Nesse mesmo momento no Hemisfério Sul, que, no entanto, acontece o solstício de inverno, a calota da terra que esta mais ao sul que a latitude 66°33”S estará com sua face inclinada para o lado oposto do Sol e não recebera a incidência do sol, ocorrendo então a Noite Absoluta. Nesses lugares o sol fica 24 horas abaixo da linha do horizonte, ou seja, não há sol visível.
- E porque 66°33” N ou S? As linhas imaginarias que circulam a terra em 66°33” N ou S correspondem ao Círculo Polar Ártico e Antártico e elas foram delimitados ali exatamente por demarcarem a partir de onde ocorre o Sol da Meia Noite ou a Noite Absoluta. Mas é preciso perceber que quanto mais ao norte ou ao sul a partir dessa linha se for, mais longo será o período do Sol da Meia Noite ou da Noite Absoluta, ao ponto de que os polos geográficos (Norte e Sul) terão, anualmente, seis meses de Sol da Meia Noite ou de Noite Absoluta.
- Agora veja se isso não é incrível: nos polos acontece apenas um nascer e um por de sol por ano!
- Os dias 21 de março e 21 de setembro são os dias em que a Terra, mesmo que inclinada, receberá incidência de sol desde o Polo Sul até o Polo Norte simultaneamente, pois o eixo de inclinação da terra estará perpendicular ao sol. Esses dias se chamam “equinócios” e são os que, indiferente onde se estiver na Terra, o dia tem exatamente a mesma duração da noite, 12 horas cada.
- E só para complicar mais um pouco: os trópicos de Câncer e Capricórnio são definidos também no solstício. Mas é a linha que delimita a incidência em 90° dos raios de sol na superfície terra no dia do solstício de verão. No solstício de verão no Hemisfério Norte os raios de sol incidem em um angulo de 90° na superfície da terra na linha do Trópico de Câncer e no solstício de verão do Hemisfério Sul os raios de sol incidem em 90° na terra sobre a linha do Trópico de Capricórnio. Nesse momento essas linhas são o ponto da Terra mais próximos do sol.
Em nossa viagem pelas terras nortes da Europa nós não tivemos a satisfação de contemplarmos o Sol da Meia noite, mas o perdemos por pouco, pois o último dia em que o sol não se pôs no Nordkapp foi em 29 de julho e nós chegamos lá no dia 08 de agosto. Mesmo assim, durante grande parte de nossa viagem pelo norte, mesmo que por um pequeno período da noite o sol já transitava abaixo da linha do horizonte, as noites não escureciam. Um exemplo foi que, quando viajávamos na Finlândia com nossos amigos brasileiros Marcus, Helena e Davi, numa noite, ficamos jogando cartas até as duas da manha, sem precisar de qualquer luz elétrica ou de lanternas. O ponto negativo disso é que como não escurecia, não queríamos ir dormir e a viagem acabava ficando mais cansativa. Mas esse é só um pequeno detalhe…